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terça-feira, 3 de maio de 2011

PARA REFLETIR.....

 

LER PARA CRIANÇAS NÃO É A MESMA COISA QUE CONTAR HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS...

Ler para crianças pequenas (bebês e até barrigas de qualquer idade estão incluídos) não é a mesma coisa que contar histórias para as crianças. São atividades muito diferentes e muito importantes em suas diferenças.

CONTAR é isto: você pode contar histórias que aconteceram com você, com seus amigos e familiares, coisas que você ouviu outras pessoas contarem, “casos” que são contados por seu avô e o avô de seu avô... De boca em boca, coisas que fazem parte do que chamamos de Tradição Oral. Você pode inventar histórias alegres, tristes e engraçadas, ou pode recontar famosas histórias infantis como o O Chapeuzinho Vermelho e Os Três Porquinhos. E com certeza cada um conta um pouquinho diferente. Ou, ainda, você pode montar uma história com as crianças, tornando a criação uma atividade interativa. Toda essa variedade de formas de contar histórias pode ser praticada com total liberdade na sua expressão vocal, facial e corporal. Você pode usar músicas, desenhos, roupas e qualquer acessório que quiser para dar um colorido especial para suas histórias. Certamente, você já notou que algumas pessoas têm mais facilidade que outras para contar histórias...

LER é outra coisa: ler em voz alta é servir como ponte entre o livro e a criança. Como a pessoa que lê fica no meio entre dois elementos – o livro e o ouvinte –, muitas vezes chamamos o "ledor" de mediador, exatamente para diferenciá-lo do contador de histórias. Ao ler, é preciso ser fiel ao texto escrito. Não dá para mudar as palavras. Isso não significa que sua leitura deva ser monótona e sem cor. As variações na sua voz, o ritmo da leitura, com sons e silêncios, vão dar cor e temperatura à leitura, fazendo com que o livro fique vivo.
* excerto do texto "Por que sim não é resposta: 7 bons motivos para ler para crianças pequenas", de Lucila Pastorello.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O modismo dos blogs


 

A cada dia que passa, navegando pela internet, encontro mais e mais blogs de professores destinados a sugerir atividades para os colegas de profissão. Muitos fotografam suas aulas e expõem suas experiências positivas – estes eu admiro. O que me assusta é a quantidade de blogs sem compromisso com o verdadeiro sentido de educar.
O que é educar realmente? Educar é transformar o animal humano em cidadão ativo e participativo na sociedade. É levar os alunos a crítica, ao questionamento, é desenvolver habilidades. A escola deve exercer um papel de humanização a partir da aquisição de conhecimentos e de valores para a conquista do exercício pleno da cidadania. E educar para a cidadania é educar para uma democracia que dê provas de sua credibilidade de intervenção na questão social e cultural. Isto exige uma prática educativa, participativa, dialógica e democrática, que supere a cultura autoritária – de simples transmissão de conhecimento. Todas as atividades escolares devem promover a construção conjunta.
Não é um trabalho fácil nem tampouco simples. Como já dizia Paulo Freire "Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo". Será que os professores não sabem que tem nas mãos este poder e esta responsabilidade? Creio que sabem mas nem todos tem coragem, engajamento e paixão suficiente para “por a mão na massa” e educar de forma efetiva, significativa.
Vejo blogs elogiadíssimos onde há um “copia e cola” de livros didáticos e pedagógicos. Alguns com imagens ainda nítidas que podem servir como material de pesquisa, outros nem isso. E onde está a análise crítica? O que fazer com o material exposto? Simplesmente achar bonitinho, xerocar e transmitir aos alunos? Creio que alguns vão unir os diversos materiais e planejar o que fazer com ele – adaptar a realidade da instituição em que trabalha e as necessidades de seus alunos. Mas estes são a exceção – o que confirma que há uma regra. A grande maioria vai transmitir e só.
É fundamental filtrar a quantidade de informação que é transmitida através da internet. Quantidade NÃO é qualidade. Quantidade não educa.
Outro dado igualmente assustador é ver educadores que se preocupam exageradamente com paineis, murais, lembranças, enfeites de toda ordem – feitos por eles – belíssimos sem duvida, mas sem sentido algum. Não quero aqui defender a idéia de manter uma sala de aula feia e sem atrativos visuais, não é isso. Mas me pergunto se todo educador é artesão. Se todos têm habilidades manuais. Se todas as escolas têm recursos e materiais disponíveis para a confecção. E ainda, se isto é dado pronto às crianças. Não é de se estranhar que existem aqueles que menosprezam a profissão de professor e acham que aprendemos nos cursos de pedagogia artesanato, que nossas provas são como escrever em papel pardo ou coisas do tipo. A questão é ainda mais grave se pensarmos que aprendemos exatamente o oposto. Aprendemos a valorizar e a incentivar a criatividade dos alunos e que são eles, e suas construções e descobertas, que devem ser expostas nos paineis, murais, se são as lembranças que eles confeccionam as significativas e não aquelas que vem prontas e mesmo muito bem feitas acabam, em breve, na lata do lixo.
E o tempo perdido com isso? Não poderia ser gasto planejando uma aula dinâmica, interativa, emocionante? Não poderia ter sido gasto lendo um bom livro que acrescentasse em sua práxis? Então, o que proponho é a prática do professor orientador, facilitador, amigo, parceiro, e não detentor do saber absoluto. Propor a prática da construção de conhecimento junto com os alunos. Do professor – educador e não artesão.
Não quero desrespeitar o trabalho de ninguém mas sim levantar a questão para uma reflexão. Os artesãos devem ser respeitados e valorizados pelo seu trabalho e o professor, pelo dele, cada um exercendo a sua função.
Presentear os alunos e enfeitar junto com eles o ambiente escolar é fundamental e importante sim, é óbvio, mas o que quero enfatizar é o como fazer isso e aliar tal prática ao objetivo mor que é educar, no sentido pleno da palavra.
Todas as atividades escolares devem promover a construção conjunta. "...
aprender não é um ato findo. Aprender é um exercício constante de renovação..." Portanto, pensem nisso...

domingo, 17 de abril de 2011

professor de Educação Infantil

[...]
Arte está em toda parte

Arte está em toda parte
Está na educação
Pedagogia é uma arte
A arte de conduzir
Abrir novos horizontes
E acreditar no porvir
Professor,
Arte é a reflexão
De sua prática educativa
Arte é ser mediador
Arte é ser pesquisador
É ser facilitador
Arte é tudo que incentiva

Professor,
Na arte de ensinar
A ação que mais fascina
É sua arte de moldar
O que já é obra prima.

Obra prima sem minuta
Exige arte e desvelo
Depende da sua conduta
De estima ou de zelo.
Arte, professor, é...
Ao entrar em sua sala
Perceber cada educando
Cada um com sua fala
Outros até se calando

É como a arte de ler o vento
Que diz como está o tempo
Professor, esse é o momento
Da arte de se ler
Ler seus educandos
Que são artistas esperando
Fazer arte para aprender
Arte está em toda parte
Está na vida!
Vida.
Obra de arte divina
Tudo que se descortina
É a arte de viver bem
Como? Arte? Onde se vê?
Quem é o artista?
O artista desta arte
Encontra-se em toda a parte
Um deles... pode ser você!

*( Maria Terezinha Alves Castilho) - Supervisora de educação infantil da Escola Municipal Padre Germano Mayer – Arapongas.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Não devemos chorar por nossos anjos

Rafaela era uma camponesa muito pobre que vivia em uma rústica região italiana. Ela tinha uma filha de nome Adda, a qual desencarnara com aproximadamente três anos de idade. Decorridos seis meses do falecimento, a mãe não se conformava e se sentia injustiçada pelos céus.

Mas, certa noite, ela teve um sonho que reformulou sua percepção a respeito do ocorrido. No sonho, ela fora convidada para uma festa que se realizaria em um local próximo do céu. Muitas crianças compareceriam no evento para se divertir.
Quando ela chegou, ficou extasiada. Tudo era muito belo e as crianças dançavam e cantavam bastante alegres. Todas as crianças tinham asas reluzentes e Rafaela as contemplava encantada.
Entretanto, ficou muito surpresa ao notar sua própria filha sentada em um canto.
A menina estava triste e chorosa, com roupas e asas molhadas, pesadas e sem brilho. A mãe indagou à filha o que aquilo significava, pois ela sempre fora muito alegre. A pequena Adda disse que não poderia brincar com as outras crianças, mesmo se quisesse.
A pobre camponesa ainda argumentou que a filha tinha asas, era um anjo e deveria voar com alegria. A menina esclareceu que não podia voar, pois estava toda molhada, com as asas pesadas e coladas no corpo.
A mãe se dispôs a ajudar, como fosse possível, pois queria que a filha fosse feliz e pudesse brincar.
Adda afirmou que a culpada de tudo era a própria mãe a Rafaela.
Com sua grande tristeza e suas blasfêmias contra Deus, a mãe a mantinha colada a si e a impedia de voar.
O excesso de mágoas de Rafaela aprisionava a pequena Adda e as lágrimas que caiam sem cessar molhavam suas asas.
Aterrada, a pobre camponesa compreendeu que estava prejudicando a filha, ao não acatar a Vontade Divina.
Prometeu que não mais choraria e nem reclamaria, pois queria que a menina fosse livre e feliz.
Ao acordar, tomou-se de grande felicidade pela certeza de ter visto e falado com sua filha.
Chamou as amigas e relatou o sonho.
Também tratou de relatá-lo a outra Mãe de Anjo que havia perdido um filho recentemente."

* * *

Essa bela história traduz uma realidade.
O amor e os vínculos não se extinguem apenas porque seu bebe morreu.
Os Espíritos desencarnados recebem os pensamentos e as vibrações dos que ficaram na Terra.
É preciso que esses cuidem de manter pensamentos e sentimentos equilibrados, a fim de não prejudicar quem se foi.
Quando retorna à pátria espiritual, o Espírito vive momentos delicados e precisa de paz e tranquilidade para se adaptar à nova situação.
A pretexto de muito amar, não é viável causar dor nos amores que nos precederam na viagem para o verdadeiro lar.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. III, do livro Ressurreição e vida, pelo Espírito Léon Tolstoi, psicografado por Yvonne A. Pereira, ed. Feb. em 05.03.2009.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Amar também é dizer não

A falta de limites na educação das crianças tornou-se um grande problema, tudo isso em razão da dificuldade que os pais de hoje encontram em dizer não.
Eles têm medo de parecerem rígidos demais ou de perderem o amor do seu filho e por esse motivo a maioria dos pais transferem aos filhos o poder de decisão.
Agora não é a hora de comer chocolate, mas ele quer... Hoje não é dia de levar brinquedo na escola, mas ele não aceitou sair de casa deixando o brinquedo lá, então ele trouxe!!!
Ele não quis vir de uniforme para a escola, por isso que está com roupa de festa, foi ele quem escolheu!!! Situações como essas são freqüentes no dia a dia na escola.
Os pais não se dão conta de que cabe a eles orientar e proteger seus filhos, eles não conseguem conciliar disciplina com liberdade.
Temos que entender que dizer não é amar.
A insegurança dos pais diante da imposição de limites é que está dando margem a tantos distúrbios de comportamento.
Dizer não e conservar o não resulta na construção da confiança e da auto-estima.
Está atitude é uma prova imensa de amor!
É importante termos a consciência de que os limites fornecem uma base segura para o equilíbrio na vida pessoal. Saber respeita-los em todos os momentos é um aprendizado para a vida em grupo e não podemos esquecer que a vida em sociedade se faz desde que a criança nasce.
É muito difícil ajustar-se socialmente quando em casa a criança sempre pode tudo.
Vemos hoje que os pais se sentem perdidos em seu papel. A hora de educar é agora.
Se o pai ou a mãe permite que seu filho de 4 anos decida qual a melhor hora para dormir, que não quer colocar o uniforme e por isso vai de vestido à escola, que ele coma o doce para não gritar na saída do colégio quando chegar na adolescência já estará tão acostumado a tomar decisões que não irá mais perguntar coisa alguma a ninguém. Sabe por quê? Porque lhe foi permitido tudo. Desde pequeno ele teve poder sobre si próprio. A última palavra sempre foi a dele. Se ele tinha toda esta autonomia quando pequeno, por que haveria de ser diferente agora que é adolescente?
Precisamos refletir sobre algumas atitudes de pais que estamos tendo antes que seja tarde.
Temos consciência de que, nos tempos atuais, a correria do dia a dia é uma constante, mas o pai deve ter certeza de que aquilo que seu filho mais precisa é que ele esteja presente, sente, converse e explique para que ele entenda por que o NÃO foi dito. O estar presente não significa ficar lendo o jornal enquanto ele brinca no tapete da sala, nem tampouco enchê-lo de presentes. Hoje em dia, este tipo de comportamento já saiu de moda. Compensar a ausência presenteando os filhos já é uma atitude por demais desgastada e ineficiente, inclusive para a criança que manifesta sua insatisfação jogando de lado o brinquedo que acabou de ganhar e já pedindo outro que ainda não tem. Esta é uma atitude de aversão dos filhos diante de tanta inércia dos pais.
Vale lembrar que a educação de uma criança, futuro adulto, vai além das muralhas familiares. Sabemos que a sociedade também exerce sua influência, mas se os pais dão solo firme para pisar, se os filhos sentem-se seguros junto a sua família, é lógico que a atuação da sociedade será muito mais amena, preenchendo somente algumas lacunas. Diferente daqueles que tem pais omissos, fracos e distantes.
Só dizemos não àqueles que amamos!
Há pais que lá na frente irão se perguntar: onde foi que eu errei? Eu lhe dei tanto amor! Mas amar demais não é o erro, o erro está justamente em não impor limites. O pai tem que ter a consciência de que ele é o orientador. Ele deve criar regras e cuidar para que estas regras sejam cumpridas e respeitadas. Dessa forma, estará preparando seu filho a respeitar e conviver com as regras.
A escola também deve caminhar dando continuidade ao cumprimento de regras e, conseqüentemente, limites para a formação da criança. Pais e escola devem sempre caminhar juntos, uma vez que as duas sociedades têm um mesmo objetivo: a formação e o desenvolvimento da criança.
O cumprir a rotina é condição para alicerçar as atitudes tanto do adulto quanto da criança. A escola pode e deve estabelecer os combinados, que nada mais são que regras propriamente ditas como usar uniforme, cumprir os horários de chegada e saída, trazer o material escolar, respeitar tanto os coleguinhas quanto a professora, combinar o dia do brinquedo, colaborar com a limpeza da sala de aula e outros quesitos importantes e peculiares de cada instituição. Ao serem apresentados os itens dos combinados, este será o melhor momento para se estabelecer as providências que serão tomadas. Se o professor ou responsável não desempenhar seu papel, é claro que a criança também não desempenhará o dela. Quando não existe por parte dos pais e da escola, a exigência do cumprimento das regras pela criança, esta se sentirá com caminho livre para fazer o que quiser.
A criança que não está acostumada a cumprir regras, ao chegar à escola e se deparar com as que terá de cumprir, poderá se revoltar. Será neste momento que pais e escola terão que se unir para dar todo o apoio que esta criança precisará.
Os limites são ingredientes essenciais para que as crianças possam crescer saudavelmente e para que se sintam preparadas para a vida adulta.
O amor de um pai para com seu filho tem que ser incondicional, um amor com limites.
Amar também é dizer não!

sábado, 26 de março de 2011

A Educação é o caminho

Desde muito tempo fala-se que “as crianças são o nosso futuro” e o que vejo é que essas crianças estão crescendo e se tornando adultos e jogando a responsabilidade da mudança em seus filhos que agora passam a ser o futuro. Até quando continuaremos deixando a responsabilidade da mudança para os outros? Até quando deixaremos o tempo passar sem termos contribuído, o mínimo que seja, para transformarmos o que consideramos não está adequado na educação?
Há muitos debates, muitas discussões e o que se ver é que na essência nada se modifica. Continuamos com essa visão limitada do ser humano, como uma máquina que precisa de alguns componentes para funcionar bem. Esquece-se que a criança é um ser em formação e o que se passa para ela é o que ela acabará se tornando no futuro.
Há pais que não conseguem dar ordens a crianças de 2 ou 3 três anos. O que será do futuro se nós estamos criando pequenos tirânicos? Que não conhecem limites e não aceitam não como resposta. O que será do futuro se todos continuarmos agindo como estamos, seja no papel de pai, educador ou responsável por essas crianças?
Temos uma necessidade urgente de mudança, de pensarmos a criança como um ser em formação e não uma pequena máquina que para funcionar basta colocar os componentes necessários: casa, alimento, presentes. A criança é um ser humano que necessita para bem viver de atenção carinho, aconchego, apoio e também limites para crescer consciente que faz parte de grupos: família, sociedade, nação, humanidade.
A criança precisa ser compreendida em todos os seus aspectos: físico, cognitivo, social e espiritual. Vivemos num momento de grandes mudanças e o lado espiritual do ser humano cada vez está sendo considerado, pois somos todos espíritos em evolução aqui na Terra. Precisamos nos aprimorar mais nesses conhecimentos para que possamos agir mais de acordo com o que se espera dos seres humanos.